O colunista do Rascunho não teme confrontar o caos do mundo em seus novos poemas. Ódios e angústias encorpam os versos, que muitas vezes surgem a partir de memórias. Apesar do tom pesado, Melo parece fazer de seu trabalho um motivo para seguir em frente. Em Dentro do útero, por exemplo: “O perigo ronda lá fora// Invisível// Insidioso// Estou fechado em casa,/ como dentro de um ovo,/ talvez/ de um útero// Mas não quero nascer// Quero renascer”.