Um dos escritores uruguaios mais conhecidos dedicou-se incansavelmente Ă narrativa breve, ganhando destaque por seus contos que flertam com o fantástico e o terror. Neste volume infantojuvenil, publicado originalmente em 1908, a fĂłrmula nĂŁo Ă© muito diferente: sĂŁo oito histĂłrias ambientadas na selva, nas quais animais e insetos adquirem caracterĂsticas humanas — e, bem como a espĂ©cie que representam, tornam-se capazes tanto das maiores atrocidades quanto de atos solidários. “Era uma vez um homem que vivia em Buenos Aires e vivia muito feliz, porque era um homem sadio e trabalhador”, começa o primeiro conto, A jabuti gigante. “Mas um dia ele adoeceu, e os mĂ©dios lhe disseram que sĂł poderia se curar se fosse viver longe da cidade grande. O homem nĂŁo queria sair de lá, porque tinha irmĂŁos pequenos para sustentar; sĂł que sua doença foi piorando a cada dia.” As meias dos flamingos, O louro depenado e A corça cega sĂŁo outras narrativas do livro.