“A linguagem é minha única armadura”, anota a voz desta coletânea de um dos representas da Geração 65 da literatura pernambucana. Furtivo, o autor escapa às definições redutivas — como a de “maldito” — ao caminhar por diferentes planícies: a da forma fixa, com destaque para o soneto, e a que conduz ao verso livre, recaindo sobre um tom que prevalece na poesia do século 21. A combinação indica que este poeta, nascido em 1937, busca unir o tradicional com o frescor do presente, flertando ainda com o tom enigmático do surrealismo.