Usando e abusando da imaginação e da fantasia, María Hesse — autora do consagrado Frida Kahlo: uma biografia —, conta a história de David Bowie, um dos artistas mais fascinantes do século 20. Nascido nos arredores de Londres, David Robert Jones (1947-2016) foi um artistas múltiplo: cantor, compositor, ator e produtor musical, o que lhe valeu o apelido de “camaleão” — ele vendeu 136 milhões de discos. Influenciado pelo seu meio-irmão mais velho, Terry (mais tarde diagnosticado com esquizofrenia), Bowie descobriu a literatura dos Estados Unidos, o rhythm and blues e o jazz. Encantado pelas inovações tecnológicas que mudaram a forma de se consumir cultura, como a TV, o rádio e o toca-discos, viria a compor Space Oddity e Starman, que se tornariam verdadeiros hinos da corrida especial. A vida do músico inglês foi intensa. Viveu em Berlim e em Nova York, descobriu grupos como Velvet Underground e Kraftwerk, que seriam inspirações para vários outros artistas. Criou alter egos como o pop star alienígena e andrógino Ziggy Stardust, que serviam como personas de palco, possibilitavam que se reinventasse.
