“É um livro sobre a ausência, sobre o que a memória e a ficção podem alcançar como reconstrução de uma vida, como preenchimento de vazios, de esquecimento”, explica o autor sobre sua publicação mais recente. Para construir o romance, apoia-se em memórias, fotografias e, claro, na ficção. Essa combinação resulta em uma narrativa que discute temas como tempo, morte, velhice e sonhos — em um momento político-social, de acordo com Brayner, que governos de extrema direita promovem um apagamento do que passou. No prefácio, José Luiz Passos oferece uma reflexão sobre o conjunto: “Bicho geográfico é um livro que nos oferece uma vasta condensação de materiais evocados, com seus lindos lugares de retorno, tão dolorosos quanto libertadores”. Tudo é grande demais para a pobre medida da nossa pele e O livro dos tubarões são os dois outros livros do pernambucano, que também transita pela publicidade e é formado em Comunicação.