Os medos e depressões dos novos tempos são escancarados no romance de Jéferson Assumção. O aspirante a escritor Iuri, após mergulhar em si mesmo e perceber que não havia nada, troca as letras pelas violentas lutas clandestinas, em um processo de bestialização cada vez mais naturalizado por um século que parece caracterizado por pessoas perdidas. “O que sempre sobressai, em toda a obra, é o olhar compromissado com os destituídos do mundo, que ele conhece bem”, diz o escritor Luiz Ruffato.