No posfácio da antologia, que seleciona poemas de uma longa carreira, Alberto Pucheu diz que o trabalho do carioca é político por ser autobiográfico. Os versos de abertura dão respaldo ao comentário: “Prazer, esse sou eu/ filho de doméstica/ numa época em que/ patrões cismavam/ em chamar de filhas/ as mucamas (…)”. Nessa levada memorialística, marcada também por “ecos e silêncios”, conforme anotação de Diana Junkes no prefácio, o conjunto se desenvolve.