Na extensa e sinuosa avenida Beberibe, no Recife, uma casa com jardim frondoso é o cenário da infância de várias gerações. Ela também é o ponto de partida deste romance, que retoma a tradição memorialÃstica brasileira ao lançar mão do recurso fotográfico como parte constitutiva do texto. Eventos da história do paÃs e da vida pública do Recife — como a perseguição da ditadura militar a seus oponentes e a passagem do Graf Zeppelin em 1930 — se mesclam a lembranças da neta dos donos da casa que, meio século mais tarde, debruça-se sobre as relações sociais latentes no seio do próprio lar.