Fascinando por mitos há muito tempo, o carioca resolve que Ă© hora de dar voz a eles — que, afinal, “sĂŁo mais velhos que lĂnguas” e “mais antigos que populações”, conforme definições do prĂłprio Mussa. Em seu novo trabalho, passeando por diversos ramos do conhecimento, o autor investiga as origens do Mito do Roubo do Fogo e suas consequĂŞncias fundamentais para os rumos da espĂ©cie humana. Esse mergulho ainda abre espaço para reflexões agudas a respeito do que Ă© a humanidade, a forma atual que ela se organiza nesse mundo pĂłs-roubo e visita um dos maiores mistĂ©rios que assombram o ser humano: o nascimento da linguagem, que pode ter surgido antes do homo sapiens. Por mais que o mito nĂŁo passe de mais um gĂŞnero narrativo, pondera o autor das cinco novelas policiais que formam o CompĂŞndio mĂtico do Rio de Janeiro, trata-se do gĂŞnero por excelĂŞncia — “o mais exuberante, o mais perfeito entre todos, por condensar o máximo de conteĂşdo com um mĂnimo de expressĂŁo”.