Elisa é uma diarista que cruza a ponte para trabalhar em Porto Alegre. Sua vida foi e é árdua, submetida ao drama das enchentes, das dificuldades financeiras, que de algum modo ela dribla, com humor e perseverança, na sua relação de trabalho e de vida com as patroas da cidade. Ora jocosas, ora dramáticas, essas relações compõem o núcleo presencial do livro da curitibana Ana Cardoso. “A mulher que atravessa a ponte é um livro de difícil categorização”, escreve o poeta e tradutor Pedro Gonzaga. “E isso é um alento, um convite, entre tantos livros que podemos definir já na primeira página”, completa.