No novo romance de André Caramuru Aubert, um poeta e ex-editor paulistano vive escondido em um sÃtio no Cerrado mineiro após publicar um livro que denuncia crimes de figuras poderosas. Entre trilhas, galinhas, traduções e uma rotina sempre alerta, ele trabalha na composição de um poema épico que interroga a relação entre o belo e o mal — dilema que o acompanha desde o choque provocado pelo assassinato de Tim Lopes. Ao mesclar trama policial, reflexão estética e a criação do próprio poema, A beleza das coisas examina a tensão entre passado, presente e futuro, mostrando como nenhuma fuga é capaz de silenciar o que insiste em retornar. É um romance que investiga os extremos da experiência humana, revelando que a beleza e a violência, longe de opostos absolutos, à s vezes brotam do mesmo lugar.