🔓 Vidraça_junho_2011

30/05/2011

Uma noite com Bartolomeu
Na terça-feira, 7 de junho, às 20 horas, é a vez do escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós vir a Curitiba participar de mais uma edição do Paiol Literário, projeto promovido pelo Rascunho desde 2006 — em parceria com a Fundação Cultural de Curitiba, o Sesi Paraná e a Fiep. Autor de cerca de 40 obras, em sua maioria infanto-juvenis, Bartolomeu acaba de lançar, pela Cosac Naify, o seu primeiro romance adulto, Vermelho amargo, livro de forte inspiração autobiográfica. A mediação do evento será de Rogério Pereira. A entrada é franca, e quem não estiver na capital paranaense poderá conferir os melhores momentos da conversa na próxima edição deste jornal. Este ano, ainda participarão do Paiol Literário Ana Paula Maia, Márcio Souza, Ruy Castro, Ronaldo Correia de Brito, Nuno Ramos e Martha Medeiros. O primeiro convidado desta temporada, João Ubaldo Ribeiro, lotou o Teatro Paiol no último dia 13 de maio.

 

Elvira Vigna

A Pomba digital
Uma grande pedida é conferir os pdfs da revista A Pomba, editada por Eduardo Prado e produzida por Elvira Vigna entre setembro de 1970 e julho de 1972. Vigna digitalizou todas as treze edições desta publicação que foi um marco da imprensa alternativa da época. A Pomba está disponível no seguinte endereço: www.apomba.vigna.com.br.

Vigna em Curitiba
Ainda sobre Elvira Vigna: a escritora carioca radicada em São Paulo é a convidada do mês do projeto Um Escritor na Biblioteca, promovido pela Biblioteca Pública do Paraná. Vigna falará com o público no auditório da BPP, no dia 7 de junho, a partir das 19 horas. A mediação será de Mariana Sanchez. A entrada é franca.

 

Woody Allen

Se fosse grosso…
“Li-o porque é fino, se grosso fosse, descartá-lo-ia.” Foi mais ou menos essa a explicação que Woody Allen deu para o fato de ter encarado, sem qualquer referência confiável, a leitura de Memórias póstumas de Brás Cubas anos atrás, quando recebeu o livro via correio (em tradução para o inglês, claro), por intermédio de certo “estranho no Brasil”. Resultado: Allen adorou o nosso Machadão, a quem considera um autor moderno, dono de uma obra divertida, cheia de originalidade e totalmente desprovida de sentimentalismo. E gostou tanto que a citou em seu top five para o jornal inglês The Guardian, colocando o clássico machadiano como um dos trabalhos que mais o impactaram como cineasta e escritor de humor.

Os 50 do Portugal Telecom
O Prêmio Portugal Telecom divulgou seus 50 primeiros finalistas. As editoras com o maior número de indicações foram a Record, com 11 livros finalistas, e a Companhia das Letras, com 10. A lista completa das obras selecionadas pode ser consultada no site www.premioportugaltelecom.com.br. Também foi anunciado o júri intermediário da premiação, formado por Antonio Carlos Viana, Beatriz Resende, Benjamin Abdala Júnior, Eneida Maria de Sousa, Heloisa Buarque de Holanda, Leyla Perrone-Moisés, Lourival Holanda, Luiz Ruffato, Maria da Glória Bordini, Maria Esther Maciel, Márcio Souza, Marisa Lajolo, Regina Dalcastagné, Regina Zilberman e Selma Caetano. Os dez próximos finalistas do Portugal Telecom serão conhecidos apenas em setembro.

O poeta está nu
Araripe Coutinho, poeta e escritor residente em Aracaju, foi o centro de uma polêmica no fim de maio. Em 2005, ele conta que posou nu para uma sessão de fotos artísticas e que, por azar ou descuido de alguém, as imagens acabaram caindo na internet. Até aí tudo bem. O problema foi o cenário do ensaio fotográfico: o Palácio Museu Olímpio Campos, antiga sede do governo sergipano. A Secretaria da Casa Civil de Sergipe abriu uma sindicância para apurar responsabilidades, e Araripe se disse vítima de preconceito e perseguição — por ser gay e gordo, entre outros motivos. Também se queixou de que a imprensa, durante os vinte anos em que está na literatura, nunca falou de sua poesia, apesar de ele já ter, inclusive, morado com Hilda Hilst. Para quem ainda não o conhece como poeta, segue um trecho: “Sou um mesmo homem/ Que não conhece deus, mas que o ama./ Seria o amor assim? Este nunca vir.// Sim. É desejo o que me mata./ (…) // Eu sempre rendido”.

Rascunho