Nos contos do livro Nauseado, editado pelo selo Faça Ocê Mesmo, Matheus Peleteiro discute questões muito presentes no Brasil de Bolsonaro, como fake news, discurso de ódio e fundamentalismo religioso. A versão digital da obra está à venda e o lançamento do impresso acontece no dia 30 de novembro, a partir das 18h30, em Salvador (BA), na Palles — Sorveteria e Café.
Guiado por uma ideia presente no romance A náusea, de Jean-Paul Sartre, o autor baiano acredita que é possível poupar-se de um mal-estar maior enquanto a realidade puder ser ficcionalizada. “Vejo o presente como um tempo em que a arte precisa ser oposição, dizer não ao horror, como cantou Belchior. Ainda que seja uma espécie de arma branca e simbólica”, diz.
O conjunto, atravessado por referências à literatura, música e cultura pop, traz narrativas como A síndrome do fodido, Os sete pecados literários e O indie e o hipster. “São histórias contadas com fôlego, ritmo, compactação”, anota Jorge Antônio Ribeiro no prefácio.
Matheus Peleteiro nasceu em Salvador (BA), em 1995. Estreou na literatura com o romance Mundo cão, de 2015, e transita por outros gêneros literários. Os poemas de Tudo que arde em minha garganta sem voz (2021), os contos de Pro inferno com isso (2017) e a novela Notas de um megalomaníaco minimalista (2016) são algumas de suas outras publicações. Mantém o podcast 1Lero.