Em fevereiro chega ao Brasil, pelo selo Autêntica Contemporânea, a trilogia autobiográfica da sul-africana Deborah Levy. Considerada uma das importantes vozes da literatura de língua inglesa, ela foi duas vezes indicada aos prêmios Goldsmiths Prize e três vezes ao Booker Prize.
O conjunto é composto pelos títulos Coisas que não quero saber (reedição), O custo de vida e Bens imobiliários, que serão publicados simultaneamente no Brasil. Nos livros, a autora tece um amplo painel sobre escrita, feminilidade e filosofia.
A narrativa entremeia as memórias da autora com reflexões particulares e universais sobre o que significa ser uma mulher nos dias de hoje. Ela relata a infância na África do Sul, o apartheid e a prisão do pai.
No primeiro volume do conjunto, Levy desvela a necessidade da mulher de dizer o que pensa, de projetar sua voz e de ocupar seu lugar no mundo. Ganhador do Prix Femina Étranger 2020, foi traduzido por Celina Portocarrero e Rogério Bettoni e traz orelha assinada pela escritora Tatiana Salem Levy.
O custo de vida, também ganhador da mesma edição do prêmio francês, é um retrato da feminilidade contemporânea em transformação e reflete quanto custa para uma mulher derrubar as hierarquias sociais que fazem dela uma personagem secundária em um mundo que não é arquitetado a seu favor. O livro foi traduzido por Adriana Lisboa e traz orelha assinada pela escritora e tradutora Stephanie Borges.
Já em Bens imobiliários, última parte de sua “Autobiografia Viva”, a autora entrelaça passado e presente, filosofia e história literária, fazendo um inventário de seus bens reais ou imaginários e questionando nossa compreensão de patrimônio e posse e nossa forma de tratar o valor da vida intelectual e pessoal de uma mulher. A tradução também é assinada por Adriana Lisboa e o texto de orelha, por sua vez, é da escritora Nara Vidal.