🔓 “serrote” premia ensaios sobre arquitetura, nostalgia e a condição do estrangeiro

04/09/2013

O ensaio Noções de liberdade no vão livre do MASP, do arquiteto Francesco Perrotta-Bosch, é o grande vencedor do 2º prêmio de ensaísmo serrote. Criado pela publicação trimestral do Instituto Moreira Salles, o concurso tem o objetivo de incentivar a produção ensaística em língua portuguesa e buscar interlocução com novos ensaístas. Nesta edição, foram enviados 131 textos para concorrer ao prêmio.

No seu ensaio, Perrotta-Bosch relaciona a obra 4’33”, de John Cage, com o museu de Lina Bo Bardi. Se na composição silenciosa de três movimentos o ouvinte é levado a prestar atenção aos sons do ambiente, no vão livre do MASP o observador está diante de uma arquitetura que não tem utilidade clara, definida. Por isso, é “um lugar privilegiado para a percepção da vida, da coletividade, da metrópole paulistana, do mundo”.

O segundo lugar ficou com o pesquisador André Antônio Barbosa, autor do texto As potências estéticas da nostalgia, em que define a palavra “nostalgia” não como um desejo de fazer com que o passado retorne ao presente, e sim como uma recusa radical do presente. A portuguesa Ana Djaimilia dos Santos Pereira de Almeida, que escreveu Saudades de casa, levou a terceira colocação com a proposta de que o estrangeiro pode devolver ao viajante uma imagem de si que não lhe é familiar.

Estes dois textos serão publicados em edições subsequentes ou no site do IMS, enquanto o primeiro lugar do concurso entrará na serrote #15, em novembro.

Os trabalhos foram avaliados por uma comissão julgadora composta por Paulo Roberto Pires, Flávio Pinheiro, Flávio Moura, Samuel Titan Jr. e Francisco Bosco. Os três primeiros colocados receberão, respectivamente, R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil.

Rascunho