Depois da estreia com Ruína y leveza, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2016, a editora e tradutora gaúcha Julia Dantas, cronista do Rascunho, lança agora seu segundo romance, Ela se chama Rodolfo, publicado pela DBA Literatura.
Na narrativa, Murilo é filho de uma faxineira e de um pai feirante, trabalha como porteiro no turno da noite. Vive um relacionamento em crise com a namorada, que o acusa de ser frágil demais, sensível demais, homem de menos.
Ele troca mensagens com Francesca, mulher misteriosa que vai ocupar cada vez mais espaço na sua vida. Murilo se depara com portas que se abrem e portas que se fecham. Murilo tenta, sem sucesso, entrar no apartamento que alugara, a chave parece não servir e ele se pergunta se não havia sido enganado.
Quanto ao Rodolfo, do título, trata-se de uma tartaruga. Herança de Francesca, dona do apartamento, que escreve estranhas mensagens a Murilo com instruções sobre o que fazer com o animal.
E assim, o protagonista inicia um périplo pela cidade em busca de alguém que se encarregue dele. Uma série de portas que se fecham. Murilo pergunta para Rodolfo: “Por que ninguém te quer?”.
“Ela se chama Rodolfo é também um romance sobre portas que se fecham e, às vezes, se abrem, sem que compreendamos muito bem por quê”, escreve a romancista Carola Saavedra no texto de orelha do livro.
