No romance Eu que nunca conheci os homens, em pré-venda pela Dublinense, a escritora e psicanalista Jacqueline Harpman (1929-2012) imagina um judiado futuro no qual as mulheres estão sozinhas e precisam lidar com o peso da liberdade. A obra foi lançada originalmente em 1995.
Em uma jaula vigiada por guardas silenciosos, dos quais nunca se ouviu um pio, 40 mulheres vivem aprisionadas. Certo dia, sem explicação, soa uma sirene e elas conseguem a liberdade, caindo em uma realidade futurística que não tem nada de muito bom a oferecer.
Em meio às prisioneiras vivia uma menina — sem nome — que só tinha uma vaga noção de como seria o mundo fora daquela jaula devido às histórias que ouviu no cárcere. É ela quem irá guiar as demais à realidade desconhecida.
Jacqueline Harpman nasceu em Etterbeek, na Bélgica, em 1929. Após uma juventude marcada pelos horrores do nazismo, estudou literatura francesa, teve uma passagem pela medicina e acabou, enfim, formando-se psicanalista. Estreou na literatura em 1958. Excetuadas algumas pausas nessa jornada, publicou com regularidade até sua morte, em 2012.