No romance A vida real, lançado pela Nós, Adeline Dieudonné narra as dificuldades de uma jovem que cresce em um ambiente violento e opressor, cercada por um pai caçador e violento e uma mãe submissa.
O cotidiano da narradora, que busca refúgio entre carcaças de carros velhos, é amenizado pela música de um caminhão de sorvete. Esse som, responsável pelo alívio diário dela e do irmão, de quem costuma estar acompanhada, acaba se desdobrando em uma tragédia.
“Só podemos nos apegar à sua heroína, magnífica personagem de uma jovem em construção, maligna, sensível, sensual, com um infalível instinto de vida, cuja mãe é descrita como uma ameba, e o pai, um ogro caçador de presas”, anotou a revista Elle sobre o premiado livro de estreia da autora nascida em Bruxelas, na Bélgica, em 1982.