(17/12/20)
Neste mês a revista Continente, editada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), completa 20 anos. Dedicada ao jornalismo cultural, foi lançada em dezembro do ano 2000 e é hoje uma das revistas do gênero mais antigas em atividade no Brasil. Do número zero, com capa dedicada ao artista plástico João Câmara, até o número mais recente, foram 240 edições.
Para celebrar o aniversário de 20 anos, a Continente convidou 12 artistas que vão criar pôsteres estimulados pela data festiva, sob temática livre. As obras serão encartadas nas edições de 2021, uma a cada mês, como um presente compartilhado com os leitores.
Com 88 páginas, a publicação aposta em assuntos contemporâneos relacionados ao campo da cultura, da arte e do comportamento, a partir de vários gêneros jornalísticos. “Adotamos um conceito amplo de cultura, incluindo fatores sociais, históricos e antropológicos, por isso trazemos para o debate questões que podem, a princípio, parecer tangenciais, como aquelas ligadas ao meio ambiente ”, explica Adriana Dória Matos, editora da Continente há 12 anos.
Se, nos primeiros anos, a Continente estava mais voltada a assuntos da produção artística e intelectual, com o passar do tempo, a publicação agregou à sua linha editorial assuntos inquietantes e que demandam engajamento, como o feminismo, o racismo, a LGBTfobia e também temas da política cultural. Algumas capas da revista trouxeram temas como a gordofobia, o suicídio, a Aids e discussões sobre o direito dos animais, a solidão, as fake news. Também tem investido nas artes gráficas e na criação de histórias em quadrinhos exclusivas.
A revista foi criada pelo jornalista Mario Helio Gomes de Lima, que batizou a publicação com o nome Continente e foi o primeiro editor, cargo que ocupou por dois anos e três meses. A revista também teve como editores os jornalistas Homero Fonseca e Marco Polo Guimarães. O historiador Evaldo Cabral de Melo e o jornalista e cineasta Kléber Mendonça Filho foram alguns colaboradores da publicação.