Mecânica: de 3 a 7 de outubro selecionaremos diariamente um participante que ganhará um exemplar autografado de Ilustre Poesia, de Pedro Gabriel, lançado pela InrÃnseca.
Como participar: basta postar no Instagram uma ilustração que retrate o trecho do livro disponÃvel no site do Rascunho. O post mais criativo do dia será contemplado. É importante que o perfil do participante seja aberto ao público e que ele marque o Rascunho (@jornalrascunho) e a editora (@intrinseca). Além das devidas marcações, é necessário utilizar na legenda a hashtag #IlustrePoesia.
Importante: serão desclassificados os posts com conteúdos obscenos e que estiverem fora das regras de ortografia e gramática. Apenas ganhadores residentes em território brasileiro serão considerados.
Os ganhadores deverão entrar em contato pelo e-mail [email protected]
em até sete dias úteis contando da data de divulgação do resultado, informando seus endereços completos. A entrega dos exemplares será realizada em até 30 dias úteis após a divulgação do resultado.
Sobre o livro: Antônio é um personagem de um romance que ainda está para ser escrito e que, entre um chope e outro, despeja frases e desenhos em guardanapos no bar que frequenta. Pedro Gabriel é autor da página Eu me chamo Antônio, no Facebook e no Instagram, que reúne as divagações e os rabiscos de seu alter ego. Antônio pertence à ficção e conquistou mais de 1 milhão de seguidores na internet. Pedro, por sua vez, consolidou seu espaço na literatura com dois best-sellers: Eu me chamo Antônio (2013) e Segundo (2014). Em Ilustre Poesia, seu terceiro livro, fantasia e realidade colidem. Criador e criatura dialogam por meio de palavras e ilustrações.
Desta vez, Antônio procura escapulir do confinamento nos quadradinhos de papel dos guardanapos e ganhar a liberdade. Ao mesmo tempo, Pedro Gabriel explora galáxias, as profundezas do mar e os confins da terra em textos de prosa poética que podem ser lidos como uma espécie de correspondência com o personagem. O senso de humor, a irreverência e o gosto pelos trocadilhos são compartilhados pelo personagem e seu poeta.
Trecho Ilustre Poesia, de Pedro Gabriel (páginas 60 e 61):
Dizem que as estrelas nascem de colapsos. Quando elas se esbarram na imensidão de duas galáxias distraÃdas, deixam lesões invisÃveis no corpo do espaço. Depois de milhões de anos de gestação, essas feridas se cicatrizam em uma nova força — descomunal — e o mundo pode, finalmente, dar à luz uma nova estrela, bem viva: bem-vinda!
Suspeito que a poesia também tenha nascido de uma colisão. De um encontro potente e inesperado de dois sentidos distraÃdos. No céu poético, a galáxia é o poema; as estrelas são as palavras; os planetas, os versos; os asteroides, as sÃlabas; e o átomo é a letra. O restante é pontuação. A Lua, por exemplo, pode ser uma vÃrgula, um acento agudo, grave, circunflexo ou um ponto-final, dependendo de sua fase. Ou da frase. Uma estrela cadente é um ponto de exclamação luminoso. Geralmente, essa estrela é usada quando o poeta deseja dar voz a um grito abafado ou iluminar um sentimento apagado. Um poema é uma cicatriz, Antônio. Um poema é uma cicatriz…
No mundo dos sentidos, um soneto é composto por catorze planetas. Silêncio é uma palavra de oito átomos. Esperança tem quatro asteroides. Sinto saudade tem duas estrelas (e tantas verdades!). Já o verso livre, potente que só, contém o Universo inteiro na sua solidão. Ele comprime a confusão de todos os sentimentos na sua
aparente simplicidade.