A primeira coletânea de crônicas do mineiro Humberto Werneck ganhou nova edição, publicada pela Arquipélago. O espalhador de passarinhos, lançado originalmente em 2010, apresenta 54 histórias de uma vida entrelaçada por personagens reais: a própria família do autor, os amigos e colegas de profissão e as figuras célebres com quem teve a oportunidade de conversar.
O lançamento oficial será feito na próxima quinta-feira (1º), em live com participação de Werneck no projeto Sempre um Papo, do jornalista Afonso Borges, às 19h. A transmissão será feita pelo canal do projeto no YouTube.
O título do livro e a história que abre a obra homenageiam o pai do autor, o ambientalista mineiro Hugo Werneck. Lembrado no texto por sua paixão pelos pássaros, ele fundou o Centro para a Conservação da Natureza e defendeu ativamente a criação de áreas verdes, como o Parque Nacional da Serra do Cipó e o Parque Estadual do Rio Doce.
Para a nova edição, Humberto Werneck fez novos acertos nos textos. “Ao revisitá-la agora, a mão coçou para mexer aqui e ali, naquele esforço, tão salutar quanto interminável, que Otto Lara Resende chamava de ‘despiorar’”, conta o autor na nota à segunda edição.
“Algumas crônicas pediam para cair fora, no mínimo por se haverem tornado anacrônicas, enquanto outras se fundiam de maneira natural — ao mesmo tempo em que para as sobreviventes se buscava um ordenamento capaz de proporcionar ao eventual leitor uma viagem menos pedregosa, facilitada também por um visual convidativo.”
Humberto Werneck nasceu em Belo Horizonte, em 1945, e vive em São Paulo desde 1970. Foi correspondente em Paris do Jornal da Tarde e trabalhou em algumas das maiores redações da imprensa brasileira, como Jornal do Brasil, Veja e Playboy. É autor, entre outros, de O desatino da rapaziada: jornalistas e escritores em Minas Gerais e O santo sujo: a vida de Jayme Ovalle (2008).