No livro A festa do Rouxinol, em pré-venda pela Loitxa Lab, Richard Plácido explora o cotidiano de Maceió, com versos que buscam alcançar as margens e gerar constrangimento. A obra é ilustrada pelo artista visual Midrusa.
Os vinte poemas do conjunto ecoam caracterĂsticas de nomes como Waly SalomĂŁo, Murilo Mendes, JoĂŁo Cabral de Melo Neto e Gilberto Gil. Um deles, cavalo, está disponĂvel em vĂdeo. “quando eu sumir/ nĂŁo me chamem de ingrato/ nĂŁo evoquem minha figura/ quero/ como sempre quis/ ser invisĂvel”, diz a primeira estrofe.
“Tentei trazer o rouxinol para o meu espaço, numa tentativa de dessacralização deste ser na poesia, considerando que ele sempre é visto e versado como um pássaro de beleza no canto, que remete à natureza”, explica Plácido, que estreou com os versos de Entre ratos e outras máquinas orgânicas (2016).