Deus, o quer quer de nós?, o novo livro de Ignácio de Loyola Brandão, traça um paralelo com a pandemia de Covid-19 ao narrar uma história sobre realidade, tempo e nosso conceito de humanidade. O livro sai pela Global.
Na obra, os protagonistas Evaristo e Neluce enfrentam o mundo pandêmico juntos, aprendendo a navegar em um cenário que impõe isolamento, medo e insegurança. Para piorar, o governo não toma nenhuma medida para prevenir mais mortes e, ao invés disso, espalha desinformação e amplia o terror, causando mortes que poderiam ter sido evitadas.
Com capítulos curtos, Loyola usa das palavras “infame” ou “funesta” para se referir a pandemia, enquanto chama o governador como “desatinado” ou “destemperado”. No entanto, o que une todos os elementos do livro, no final, é a história de amor entre Evaristo e Neluce, que ao longo da trama relembram momentos chave do seu relacionamento — e como ele foi sendo moldado com o tempo e com o avanço da pandemia.
Evaristo, cujo o ponto de vista guia os capítulos, se mostra um protagonista profundamente marcado pelo isolamento e pelo medo, com sentimentos que transitam entre euforia, melancolia profunda e, principalmente, ternura.