No livro Flutua sobre as ruínas, flutua, lançado pela Cobogó, o carioca Omar Salomão investiga como a produção de Mira Schendel, Edgar Braga e Waly Salomão transita no limiar entre o gráfico e o poético.
O pontapé inicial para o livro, fruto da dissertação de mestrado do autor, foi dado a partir de um título pinçado aleatoriamente em sua estante: Ruptura dos gêneros na literatura latino-americana, de Haroldo de Campos.
Na obra de Campos, o artista plástico e poeta descobriu um interesse: “investigar a forma como conteúdo, a rasura e o vestígio como escrita poética, outras alternativas que não a letra diagramada sobre o cubo branco da página do poema”.
No posfácio de Flutua sobre as ruínas, flutua, a professora de Filosofia da UERJ Rosa Maria Dias anota que “Omar pensa a construção do poema sobre ruínas, como resultado de acumulação, um texto em que as estruturas estão abertas”.
Omar Salomão nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 1983. É mestre em Literatura, Cultura e Contemporaneidade e faz doutorado em Harvard. Publicou os livros Pequenos reparos (2017) e Impreciso (2011), entre outros.