Ao ultrapassar os 20 anos de estrada, completados em abril, o Rascunho sempre esteve diante desta palavra: resistĂŞncia. Mas para alĂ©m de resistir, sobreviver, manter-se, seguir adiante ou qualquer outro verbo que nos impulsione, o jornal nunca abandonou a ideia de que Ă© possĂvel contribuir com um Brasil diferente deste que alguns tentam nos enfiar goela abaixo. Ao dedicar sua existĂŞncia Ă literatura, aos livros, Ă leitura, o Rascunho busca, mesmo que de maneira microscĂłpica num paĂs imenso, dilatar a consciĂŞncia dos leitores, abrir frestas para novas experiĂŞncias diante da palavra escrita, fisgar desavisados, estimular os bons debates, apresentar a literatura brasileira, discuti-la, promovĂŞ-la. Enfim, enfrentamos muitas batalhas a cada edição. E lutamos ferozmente pela vitĂłria a cada uma delas.
É com este espĂrito (e nĂŁo falemos das dificuldades que esta pandemia nos coloca) que o Rascunho decidiu, mais uma vez, apostar na civilidade, no fortalecimento da cidadania, na oportunidade ao outro, no gesto de ampliar as possibilidades de leitura. Esta edição marca o crescimento da edição impressa de 32 para 48 páginas. Obviamente, teremos ainda mais espaço Ă literatura, Ă s ideias, Ă s boas batalhas. Sempre com o espĂrito crĂtico que marca a trajetĂłria do Rascunho desde sua fundação. Novos colunistas e colaboradores (e sem eles nada disso seria possĂvel) chegarĂŁo em breve, como Noemi Jaffe, Fabiane Secches, JosĂ© Castilho, Luiz Ruffato e Nilma Lacerda, para citar apenas quatro nomes que estarĂŁo ao lado daqueles que já integram nossa equipe.
Além de maior, o Rascunho também está mais bonito e elegante, com os providenciais ajustes realizados no projeto gráfico pelo talentoso Alexandre De Mari e sua equipe do Estúdio Thapcom.
O Rascunho passa a ter um sistema de assinatura recorrente mensal para as versões digital (R$ 7,90) e digital + impressa (12,90).
Com a consolidação do Rascunho como veĂculo impresso, mesmo nestes tempos em que publicações impressas agonizam, chegou a hora de tambĂ©m olhar com mais atenção para o mundo digital. Assim, nasceu este novĂssimo site rascunho.com.br, igualmente desenvolvido pela Thapcom. AlĂ©m de todo o conteĂşdo da versĂŁo impressa, o leitor encontrará notĂcias diárias, conteĂşdo exclusivo (resenhas, ensaios, entrevistas) e uma plural equipe de cronistas, formada por autores como Bel Santos Mayer, Carolina Vigna, Claudia Nina, Giovana Madalosso, Henrique Rodrigues, Itamar Vieira Junior, JosĂ© Roberto, Torero, Julia Dantas, Marcelo Moutinho, Mariana Ianelli, Socorro Acioli. Novos nomes serĂŁo anunciados em breve. As crĂ´nicas serĂŁo atualizadas no site a partir de outubro.
Neste inĂcio, estarĂŁo disponĂveis no site todas as edições entre 2017 e 2020. Num processo contĂnuo, as demais edições serĂŁo atualizadas atĂ© a nĂşmero zero, de 8 de abril de 2000. A versĂŁo digital do Rascunho será uma referĂŞncia para pesquisas sobre a literatura brasileira nos Ăşltimos 20 anos.
Para alĂ©m da dedicação de dezenas de colaboradores (na edição de outubro, por exemplo, cerca de 60 pessoas contribuĂram de alguma maneira), o Rascunho passa a ter um sistema de assinatura recorrente mensal para as versões digital (R$ 7,90) e digital + impressa (12,90).
Sabemos que diante dos inĂşmeros problemas e prioridades sociais que envolvem o Brasil, um jornal de literatura contribui de maneira quase imperceptĂvel — uma aparente invisibilidade. Mesmo perante a esta suposta fragilidade, o Rascunho segue acreditando na capacidade que os livros, a literatura e as boas histĂłrias tĂŞm de reforçar a nossa cidadania e, com isso, contribuir de alguma maneira para o paĂs diminuir certa escuridĂŁo que o envolve. Esta Ă© uma batalha que vale a pena.