Aos 73 anos, morre João Ubaldo Ribeiro.
O escritor foi vítima de embolia pulmonar durante a madrugada desta sexta-feira (18).

Apesar de ciente de que os prêmios literários não devem subir à cabeça, o ocupante da cadeira nº 34 da Academia Brasileira de Letras foi testado várias vezes: com seu segundo romance, Sargento Getúlio, levou o Prêmio Jabuti de Melhor Autor, em 1972, e o  Prêmio Golfinho de Ouro; versátil, em 1983, foi premiado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, por Vida e paixão de Pandonar, o Cruel; voltou a faturar o Jabuti em 1984, com Viva o povo o brasileiro, na condição de Melhor Romance do Ano. Já no âmbito internacional, foi laureado com o Prêmio Anna Seghers (Mogúncia, Alemanha), em 1996, mesmo ano em que recebeu a cátedra de Poetik Dozentur na Universidade de Tubigem, na Alemanha;  de Zurique, Suíça, foi agraciado com o Die Blaue Brillenschlange; em 2006, recebeu o Lifetime Achievement Award; e em 2008, também pelo conjunto de sua obra, levou o importante prêmio português Camões.

Dentre outros, sua obra conta com os romances Setembro não tem sentido (romance de estreia, 1968), A casa dos budas ditosos, Diário do farol e O albatroz azul. Também foi contista, cronista, ensaísta e participou de várias coletâneas.
Foi traduzido para o alemão, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, hebraico, holandês, inglês, italiano, esloveno, norueguês e sueco.

No Rascunho, leia entrevista com o autor e sua participação no Paiol Literário.