(15/10/20)
Clássico da bibliografia de Moacyr Scliar e da literatura brasileira do sĂ©culo 20, o romance O centauro no jardim completa 40 anos da primeira edição neste mĂŞs. Para celebrar a data, os escritores Claudia Laitano, CĂntia Moscovich e Sergius Gonzaga vĂŁo debater a obra no prĂłximo dia 21, Ă s 20h, sob a mediação do jornalista Tulio Milman. O bate-papo acontece na página oficial de Scliar no Facebook. Posteriormente a conversa tambĂ©m estará disponĂvel no YouTube.
Publicado em 1980, pela Nova Fronteira, o romance parte de um evento fantástico. No interior do Rio Grande do Sul, na pacata famĂlia Tratskovsky, nasce um centauro: um ser metade homem, metade cavalo. Seu nome Ă© Guedali, quarto filho de um casal de imigrantes judeus russos.
A partir daĂ, Scliar constrĂłi um romance que se situa entre a fábula e o realismo, evidenciando a dualidade da vida em sociedade, em que Ă© preciso harmonizar individualismo e coletividade. A figura do centauro tambĂ©m ilustra a divisĂŁo Ă©tnica e religiosa dos judeus, um povo perseguido por sua singularidade.
Um dos livros mais aclamados da prolĂfica obra de Scliar, O centauro no jardim foi eleito em 2002 pelo National Yiddish Book Center, dos Estados Unidos, um dos 100 melhores livros de temática judaica escritos nos Ăşltimos 200 anos.
Scliar Ă© autor de mais de 70 livros, muitos destes publicados em diversos paĂses, como Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, Portugal e Israel. Entre os inĂşmeros prĂŞmios que conquistou, destacam-se o PrĂŞmio Jabuti de Literatura (1988, 1993 e 2009), o PrĂŞmio Associação Paulista de CrĂticos de Arte (1980) e o PrĂŞmio Casa de las Americas (1989). Foi colunista dos jornais Zero Hora e Folha de S. Paulo e colaborou em vários ĂłrgĂŁos da imprensa no paĂs e no exterior. Tem textos adaptados para cinema, teatro, TV e rádio. Em 2003, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Morreu em 2011.