Nesta quinta-feira (21), estreia uma nova versão cinematográfica da clássica história criada por Carlo Collodi, autor de As aventuras de Pinóquio. Dirigido por Matteo Garrone (Gomorra), Pinóquio terá sua estreia nacional em formato live-action.
O filme conta a história de Gepeto (Roberto Benigni), um solitário marceneiro que sonhava em ser pai e deseja que Pinóquio (Federico Ielapi), o boneco que acabou de construir, ganhe vida. Seu pedido é atendido, mas a desobediência de Pinóquio faz com que ele se perca de casa e embarque em uma jornada repleta de mistérios e seres fantásticos, que o levará a conhecer de perto os perigos do mundo.
Afastando-se da versão que se tornou popular com a clássica animação de 1940, o diretor Garrone promete fazer de Pinóquio uma trama mais sombria e ser a melhor adaptação já vista até hoje do personagem.
Conhecido mundialmente, o boneco de madeira fez sua primeira aparição em 1881, publicado inicialmente de forma seriada em um jornal italiano. Em 1883, Collodi lançou a aventura em livro. Em 2018, a SESI-SP Editora publicou uma reedição de As aventuras de Pinóquio, com tradução de Ivo Barroso, ilustrações de Joana Velozo e posfácio de Italo Calvino. O livro faz parte do acervo doado pela extinta Cosac Naify.
Carlo Lorenzini, que assinava suas obras como Carlo Collodi, nasceu na cidade italiana de Florença, em 1826. Comediante, participou das batalhas de 1848-49, pela unificação da Itália, mesma fase em que começa a escrever os primeiros textos. Também é o período em que funda o jornal satírico Il Lampione, fechado rapidamente pela censura. Fica logo conhecido com sua estreia, In vapore (1856), e dá sequência a suas atividades políticas no jornal Il Fanfulla.
Sua entrada na literatura infantil foi por meio da tradução dos contos de fada de Charles Perrault, Racconti, em 1875. Porém, sua principal criação seria diferente deste gênero literário. O personagem Pinóquio surge em 1881 junto com o jornal semanal Il Giornale per i Bambini, na história seriada sob o título Storia di un burattino.
