Em Verão, lançado pela Cepe, o pernambucano Nivaldo Tenório reúne dez contos que transitam pela dimensão trágica da existência. A norte-americana Flannery O’Connor, para quem a ficção trata de tudo que é humano, é uma de suas inspirações.
De acordo com o jornalista e editor Diogo Guedes, o autor “é um dos mais precisos e preciosos contistas contemporâneos”. “Suas narrativas são sempre densas e calmas: parecem cientes de que seus incômodos e impressões vão durar para além do tempo da leitura”, completa.
Na explicação do próprio Tenório, Verão trata de “homens e mulher comuns, vivendo suas vidas noturnas ou subterrâneas”. Ele revela, ainda, a importância de criar esses universos por meio da narrativa breve, por mais que considere o gênero “demonizado pelas mais prestigiosas casas editoriais”.
Nivaldo Tenório nasceu em Garanhuns (PE), em 1970. A grande torre (2002), Dias de febre na cabeça (2012) e Ninguém detém a noite (2017) são seus outros livros publicados. Além de Flannery, é inspirado por Machado de Assis, Philip Roth e Marguerite Duras.