Na poética de Diários em mar aberto, Leonardo Tonus navega em seu próprio passado e no de muitos migrantes e refugiados que se perderam em duras travessias do passado. A obra está em pré-venda pela Folhas de Relva.
O trabalho nasceu de fotografias, cartas nunca lidas e passagens que o autor encontrou em uma caixa abandonado no fundo de um armário. A partir daí, Tonus deu voz a personagens diversos, inclusive os de agora — “inxilados” devido à pandemia.
Essas vozes, no entanto, não se deixam capturar por completo. Quando menos se espera, somem — restando apenas lembranças. De acordo com Regina Dalcastagnè, que assina o texto de orelha, a poesia do autor “busca nos recolocar no mundo, com os outros, com os que se deslocam conosco, com os que podem vir a ser”.
Leonardo Tonus é professor de literatura brasileira na Sorbonne. Inquietações em tempos de insônia (2019) e Agora vai ser assim (2018) são suas outras publicações.