Morreu na noite desta segunda-feira (24) o escritor e influenciador Olavo de Carvalho. Ele tinha 74 anos e estava em um hospital de Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos. Olavo de Carvalho foi diagnosticado com Covid-19 oito dias antes. A morte foi confirmada pela família nas redes sociais de Carvalho. Ele deixa a esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos.
Nascido em Campinas, no interior de São Paulo, Olavo Luiz Pimentel de Carvalho se intitulava professor de filosofia e ficou conhecido por vídeos e livros que apoiam o conservadorismo político e que recusam o discurso politicamente correto. Ele também era astrólogo. Seu primeiro livro, publicado em 1980, trata do assunto: A imagem do homem na astrologia.
Mas Carvalho ganhou notoriedade na última década, alcançando maior público após a onda conservadora que tomou o país e culminou com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Em 2013, ele lançou O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
Organizado pelo jornalista Felipe Moura Brasil, a obra consiste em um apanhado de 193 artigos e ensaios escritos entre 1997 e 2013, que foram publicados em diversos veículos da imprensa brasileira. O livro vendeu mais de 200 mil exemplares e se tornou um best-seller.
Com o sucesso, outras obras de Carvalho foram relançadas, como O jardim das aflições (1995) e O imbecil coletivo (1996), dentre outros. O escritor então se tornou uma espécie de “guru do bolsonarismo”. Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou em suas redes sócias a morte de Carvalho.
Em julho de 2021, o Grupo Editorial Record anunciou que não renovaria o contrato de dois livros Olavo de Carvalho, O imbecil coletivo e O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. Os vínculos venceram, respectivamente, em setembro de 2020 e junho de 2021. “O posicionamento do Olavo hoje é de uma convivência péssima com as vozes discordantes, para dizer o mínimo”, justificou em nota a editora.