Um dos maiores escritores americanos do século 20, Cormac McCarthy morreu nesta terça-feira (13), aos 89 anos. Ele estava em casa em Santa Fe, nos Estados Unidos, e teria morrido de “causas naturais”, segundo o jornal britânico “The Guardian”.
Nascido em Rhode Island, nos Estados Unidos, em 1933, McCarthy escreveu livros como Meridiano de sangue, a Trilogia da fronteira e Onde os velhos não têm vez, que ganhou adaptação para o cinema. O longa-metragem, assinado pelos irmãos Ethan e Joel Coen, recebeu o Oscar de melhor filme em 2008.
Em 1992, McCarthy recebeu o National Book Award e o Nation Book Critics Circle Award por All the pretty horses, publicado no Brasil com o título de Todos os belos cavalos.
O escritor venceu o prêmio Pulitzer em 2007, com A estrada, uma história diatópica que mostra a luta pela sobrevivência de um pai com um filho. O livro também foi adaptado com sucesso ao cinema.
Sua última obra é dividida em dois volumes, O passageiro e Stella Maris, que quebraram um hiato do escritor de mais de dez anos e narram a história de um homem assombrado pela morte da irmã.
O Rascunho publicou um longo ensaio sobre a obra de McCarthy na edição de abril deste ano, por conta dos mais recentes lançamentos do autor no Brasil. Assinado pelo escritor Paulo Paniago, o texto repassa a trajetória do norte-americano, com ênfase na “A errância dos seus personagens”.
“O fecho do livro é um dos mais pungentes que já li, embora o leitor saiba desde o anterior o que acontece (talvez por isso mesmo). Está num nível de desolação que poucos autores conseguem alcançar. Enfim, não há outra expressão para definir o resultado: obra-prima”, escreve Paniago sobre o romance Stella Maris.