Morreu na madrugada desta terça-feira (15), em São Paulo, o cineasta, cronista e jornalista Arnaldo Jabor, aos 81 anos. Ele estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital SÃrio-Libanês, na região central da cidade.
Jabor havia sido hospitalizado após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo a famÃlia, ele faleceu por volta da meia-noite, em decorrência de complicações do AVC.
Arnaldo Jabor teve longa carreira dedicada ao cinema, à literatura e ao jornalismo. No cinema, dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. Também se tornou um escritor best-seller.
Jabor se tornou mais conhecido do grande público por sua participação nos telejornais da TV Globo a partir dos anos 1990. Em seus comentários polÃticos, mesclava o tom de crônica com opiniões contundentes.
Seu primeiro longa-metragem foi A opinião pública, de 1967, sobre a classe média do Rio de Janeiro. Sucessos de bilheterias e obras premiadas marcaram a carreira do cineasta. Em 1973, fez um dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: Toda nudez será castigada, uma adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues. O filme levou o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1973. Em 1975 adaptou outro texto de Nelson, o romance O casamento.
Jabor também se dedicou à literatura, com a publicação de oito livros de crônicas, entre eles os best-sellers Amor é prosa, de 2004, e PornopolÃtica, de 2006.