🔓 Morre a tradutora e editora Heloisa Jahn

Gaúcha de Montenegro, ela trabalhou nas principais editoras brasileiras nos últimos 40 anos e traduziu grandes textos literários do espanhol e do inglês
A editora e tradutora Heloisa Jahn, que morreu nesta segunda-feira (26)
27/06/2022

Uma das mais destacadas editoras da literatura brasileira, a gaúcha Heloisa Jahn morreu na manhã desta segunda-feira (26), aos 74 anos. Ainda não se sabe a causa da morte. Heloisa teve papel relevante na formação de diversos editores que estão no mercado atualmente.

Ela trabalhou quase 40 anos em editoras como Brasiliense, Companhia das Letras e Cosac Naify. Após se aposentar, passou a se dedicar à tradução, área em que também tinha grande prestígio, tendo traduzido obras de Jorge Luis Borges, Mario Vargas Llosa, Ricardo Piglia e Julio Cortázar, de quem foi amiga.

Heloisa também era tradutora da língua inglesa. Traduziu romances de clássicos como George Orwell e Charles Dickens. Recentemente assinou uma versão bilíngue dos poemas de Louise Glück, vencedora do Nobel de Literatura.

Nascida em Montenegro, interior do Rio Grande do Sul, a tradutora passou boa parte da juventude no seu estado natal e se mudou para São Paulo aos 20 anos, para cursar filosofia na Universidade de São Paulo. Na década seguinte, durante a ditadura militar, foi detida e interrogada e decidiu se exilar em Paris de 1970 a 1977. Ela estava negociando com o editor Rogério Pereira uma coluna no Rascunho.

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

Rascunho