Uma das mais destacadas editoras da literatura brasileira, a gaúcha Heloisa Jahn morreu na manhã desta segunda-feira (26), aos 74 anos. Ainda não se sabe a causa da morte. Heloisa teve papel relevante na formação de diversos editores que estão no mercado atualmente.
Ela trabalhou quase 40 anos em editoras como Brasiliense, Companhia das Letras e Cosac Naify. ApĂłs se aposentar, passou a se dedicar Ă tradução, área em que tambĂ©m tinha grande prestĂgio, tendo traduzido obras de Jorge Luis Borges, Mario Vargas Llosa, Ricardo Piglia e Julio Cortázar, de quem foi amiga.
Heloisa tambĂ©m era tradutora da lĂngua inglesa. Traduziu romances de clássicos como George Orwell e Charles Dickens. Recentemente assinou uma versĂŁo bilĂngue dos poemas de Louise GlĂĽck, vencedora do Nobel de Literatura.
Nascida em Montenegro, interior do Rio Grande do Sul, a tradutora passou boa parte da juventude no seu estado natal e se mudou para São Paulo aos 20 anos, para cursar filosofia na Universidade de São Paulo. Na década seguinte, durante a ditadura militar, foi detida e interrogada e decidiu se exilar em Paris de 1970 a 1977. Ela estava negociando com o editor Rogério Pereira uma coluna no Rascunho.