A nova pesquisa “Painel do Varejo de Livros no Brasil”, realizada pela Nielsen Bookscan e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), trouxe bons números sobre setor editorial nesses primeiros meses do ano.
Dados apurados entre os dias 31/1 e 27/2, mostram que foram vendidos 4,6 milhões de livros, gerando receita de R$ 210,9 milhões. Esses números representam um aumento de 16,3% em volume e 17,1% em faturamento se comparados ao mesmo período de 2021, quando foram comercializadas 3,9 milhões de obras, que movimentaram R$ 180,1 milhões.
No acumulado, o ano de 2022 já registra a venda de 10 milhões de livros, índice significativamente superior a 2021. No final do segundo período do ano passado a pesquisa apontava 8,5 milhões de obras comercializadas, uma variação de 19,5%. Em receita, 2022 também se mostra em ascensão com faturamento de R$469,7 milhões, número 18,7% superior ao registrado no começo de 2021, cuja receita foi de R$395,7 milhões.
O bom momento tem sido “puxado” pelos livros didáticos, por conta da volta às aulas. “Mas é muito importante anotar que os gêneros de ficção e não ficção trade também apresentam performance bastante robusta”, diz Ismael Borges, gestor da ferramenta Nielsen BookScan Brasil.
“Essa recuperação traz um alento a este segmento tão prejudicado pela pandemia, mas é também muito bom notar o crescimento mantido pelas obras de ficção”, diz Dante Cid, presidente do SNEL.
Para a realização do Painel, os dados são coletados diretamente do “caixa” das livrarias, e-commerce e varejistas colaboradores. As informações são recebidas eletronicamente em formato de banco de dados. Após o processamento, os dados são enviados online e atualizados semanalmente.