Com o romance Adeus, Pirandello, Marco Lucchesi encerra uma trilogia ambientada no Rio de Janeiro dos séculos passados. Na nova narrativa, a passagem de Luigi Pirandello (1867-1936) pela então capital da República serve como base para uma história em que “solidão e esperança caminham lado a lado”, nas palavras do próprio autor.
A série ficcional, iniciado com O dom do crime (2010) e continuada por O bibliotecário do imperador (2013), começa passando pelo Rio de Machado de Assis, na década de 1880, e termina com Pirandello e sua companhia de teatro, com destaque para a atriz italiana Martha Abba, no ano de 1927.
“O poeta que traz nos olhos o clarĂŁo de um mundo inacabado nos oferece uma mistura hipnĂłtica de prosa e poesia, num concerto de palavras com enredos labirĂnticos e fragmentos de discursos memorialĂsticos, entrecortados pela grave melodia do presente”, diz AntĂ´nio Torres, ocupante da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Atual presidente da ABL, Lucchesi possui extensa formação acadĂŞmica — com pĂłs-doutorado em Filosofia da Renascença na Universidade de ColĂ´nia, na Alemanha — e reuniu boa parte de sua produção poĂ©tica em DomĂnios da insĂ´nia (2019). Poliglota, verteu para o portuguĂŞs autores como o italiano Primo Levi e o persa RĂ»mĂ®, entre outros.