A mineira Conceição Evaristo é tema de um livro que, entre outras questões, discute o conceito de “escrevivência”, criado por ela há mais de 25 anos e colocado em prática em livros como Ponciá Vicêncio e Becos da memória.
Escrevivência: a escrita de nós — Reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo, organizado por Isabella Rosado Nunes e Constância Lima Duarte, reúne especialistas em literatura, educação, comunicação e escritores da literatura negra contemporânea, que refletem sobre aspectos importantes da obra de Evaristo.
A publicação foi lançada durante o seminário virtual “A Escrevivência de Conceição Evaristo”, ocorrido nos dias 11 e 12 de novembro, no canal do Itaú Social no Youtube, mas pode ser acessada gratuitamente até 30 de novembro para quem assistir ao seminário online.
Com 15 capítulos, o livro apresenta ensaios e opiniões em cinco dimensões: histórica, teórica, crítica, autobiográfica e relacionada ao letramento literário que a “Escrevivência” propicia. Iniciativa do Itaú Social em parceria com a Mina Comunicação e Arte, o livro é um dos resultados do “Projeto Oficina de Autores — Memórias e Escrevivência de Conceição Evaristo”, que apoia o desenvolvimento teórico do conceito-experiência e estimula a aproximação de pessoas à leitura e à escrita como direito.
Conceição Evaristo nasceu em Belo Horizonte, em 1946. Até o começo dos anos 1970, trabalhou como empregada doméstica, quando concluiu os estudos secundários no Instituto de Educação de Minas Gerais. Suas obras, de poesia e prosa, abordam temas como a discriminação de raça, gênero e classe. Seus livros já foram traduzidos para inglês, francês e alemão.