No livro infantojuvenil Virkadaz, a paranaense Renata Dembogurski criou uma alternativa à modorra do chamado “novo normal”. A narrativa acompanha o jovem Zuwi, que protagoniza acontecimentos bizarros em seu aniversário de 14 anos.
Antes do dia fatídico, o menino vivia atormentado pelas dúvidas a respeito da misteriosa morte de seu pai e, na medida do possível, levava a vida como todos os outros de sua idade: brincando com os amigos e convivendo com a mãe.
Na festa de aniversário, enquanto jogava videogame, o protagonista é acometido por uma dor de cabeça seguida de um apagão. Quando acorda, nada mais é como antes — apesar de, à primeira vista, tudo parecer estranhamento normal.
No multiverso de Virkadaz, que dá nome à obra, teorias quânticas, fissuras temporais e vilões macabros compõem uma narrativa transloucada, em um estilo que parece estar em alta entre os jovens — basta ver o sucesso das séries Dark e Stranger things.
“A literatura permite ampliar essas ideias e instigar novos pensamentos. É muito divertido trazer ao leitor histórias que geram aquela dúvida: será que isso existe? É possível?”, comenta Renata, que mantém um site oficial e cuja vida profissional gira em torno da publicidade e ficção.