A Dublinense lança, em edição de capa dura e com fitilho, o Atlas do corpo e da imaginação: teoria, fragmentos e imagens, de Gonçalo M. Tavares. A obra traz fotografias do coletivo artístico Os Espacialistas.
Na mesma linha ousada pela qual o autor ficou conhecido, o livro passa por diversos assuntos — literatura, dança, arquitetura, tecnologia e relações amorosas, entre outros —, na difícil tarefa de pôr alguma ordem ao caos da realidade.
Para dar sustentação aos raciocínios, Tavares visita teorias de alguns dos principais pensadores contemporâneos. A partir de um raciocínio de Rudolf Steiner (1861-1925), por exemplo, conclui que, ao confrontarmos a realidade, “precisamos de um espanto agressivo, que ameace, que questione”.
“Jorge Luis Borges gostaria da ambição, erudição, experimentação e mundividência deste Atlas do corpo e da imaginação”, anotou Silvia Souto Cunha na revista portuguesa Visão.
Gonçalo M. Tavares nasceu em Luanda, Angola, em 1970. Passou a infância em Aveiro, norte de Portugal, e é professor na Universidade de Lisboa. Com mais de 35 livros, publicados em 50 países, é um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. Sua extensa produção inclui poesia, contos, romances e peças de teatro.