Dez anos após terminar a saga de seis livros autobiográficos Minha luta, o norueguês Karl Ove Knausgaard lançou nesta semana uma coleção de ensaios que cobre literatura, arte contemporânea, fotografia, escrita da natureza e reflexões soltas sobre o cosmos.
Ainda sem tradução no Brasil, In the land of the cyclops (na versão em inglês, traduzida por Martin Aitken) traz textos sobre o compatriota Knut Hamsun, o romancista Michel Houellebecq, o filósofo Søren Kierkegaard e o romance Madame Bovary, do francês Gustav Flaubert, entre outros autores e livros.
Além dos textos sobre artistas, de diversas áreas, Karl Ove escreve também sobre experiências pessoais: seus encontros com a Aurora Boreal, o nascimento de sua filha e viagens para a praia com seus quatro filhos. O que tem sido criticado é o tom filosófico dado pelo romancista aos temas sobre os quais escreve.
O crítico inglês Rob Doyle comparou Karl Ove ao personagem Gwyn Barry, do romance A informação, de Martin Amis, que, “beneficiado pelo sucesso repentino, começa a olhar performativamente para maçãs e pedras”.
Karl Ove Knausgaard é considerado o mais importante escritor norueguês de sua geração. Venceu vários prêmios em seu país e a série Minha Luta, composta por seis romances em que descreve a própria vida, tornou-se um fenômeno, sendo considerado um dos grandes feitos literários do século 21.