No romance O filósofo no porta-luvas, lançado pela Todavia, Juliano Garcia Pessanha narra a trajetória de Frederico, um jovem que ainda está para descobrir as consequências de se questionar a realidade.
Em uma história repleta de humor e melancolia, o protagonista começa a desconfiar que o verdadeiro pensamento só se demonstra por meio das experiências intensas, como o amor e o envelhecimento.
“Ele tinha sido um rapaz massacrado. Tudo olhava para ele e ele não olhava para nada. Era trêmulo. Tremia nos pátios da escola e no frio da casa. Os outros resolviam as equações e ele não”, começa o romance, para mostrar como a chegada de um guru irá mudar a vida do homem.
A partir daí, há uma série de encontros frutíferos e o personagem, abalado pelos questionamentos, precisa se reajustar à realidade — principalmente consigo mesmo, que, afinal, é carrasco e salvador de seu próprio mundo.
Juliano Garcia Pessanha tem uma extensa formação em Filosofia. Publicou Recusa do não-lugar (2018) e reuniu uma tetralogia em Testemunho transiente (2015), vencedor do Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).