Autora de livros de poesia, contos e de cordel, a cearense Jarid Arraes faz sua estreia como romancista com Corpo desfeito, publicado pela Alfaguara. Autora vencedora dos prêmios APCA e Biblioteca Nacional, Jarid traz uma história focada nas consequências do abuso físico e psicológico de crianças. Ela mergulha fundo em uma narrativa sobre como as marcas da infância são construídas e como é possível lidar com elas.
Em uma cidade do interior do Ceará, uma família vive uma sequência de abusos: avó, mãe e neta estão presas em uma teia complexa e violenta de abuso e negligência. A dureza das expectativas criadas e não cumpridas, do ciúme doentio e do desejo de absoluto controle estão presentes na narrativa.
Ao retratar o cotidiano de Amanda, jovem de 12 anos que mora sozinha com a avó desde a morte da mãe e do avô, Jarid cria uma narrativa brutal sobre os traumas vivenciados e passados adiante. Amanda vai enfrentar desafios cruéis e dolorosos pelas mãos daquela que devia ser seu porto seguro, mas é também lá que a menina descobrirá o poder do primeiro amor e a força necessária para superar qualquer obstáculo.
Nascida em Juazeiro do Norte, na região do Cariri (CE), em 1991, Jarid Arraes é autora de Lendas de Dandara (Editora da Cultura, 2016), Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis (Seguinte, 2020), Redemoinho em dia quente (Alfaguara, 2019) — vencedor do prêmio APCA e do prêmio Biblioteca Nacional — e Um buraco com meu nome (Alfaguara, 2021). Atualmente vive em São Paulo, onde criou o Clube da Escrita para Mulheres.