Lançamento terá bate-papo entre os curadores Helouise Costa e Sergio Burgi, os fotógrafos Fernando de Tacca e Flávio Damm, e o professor e pesquisador de mídia Fernando Morgado.
O Instituto Moreira Salles lança nesta quarta-feira (6), às 19h, o catálogo da exposição As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960), em cartaz no IMS-SP até 31 de março. Às 19h, Helouise Costa, Sergio Burgi, Fernando de Tacca, Fernando Morgado e Flávio Damm, autores de textos da publicação, participarão de um debate aberto ao público.
O livro As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960)investiga o início do fotojornalismo no Brasil, tendo como referência a produção dos fotógrafos que atuaram na revista O Cruzeiro nas décadas de 1940 e 1950. Helouise Costa, docente e pesquisadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), e Sergio Burgi, coordenador do acervo de fotografia do IMS, são organizadores deste projeto que une uma extensa pesquisa acadêmica em torno da revista O Cruzeiro ao acervo do IMS.
Publicada pelos Diários Associados, empresa de comunicação pertencente a Assis Chateaubriand, a revista O Cruzeiro foi lançada em 1928 como uma publicação semanal de variedades, de circulação nacional. Tornou-se um dos mais influentes veículos de comunicação de massa que o país já conheceu. No início da década de 1940, incorporou o modelo da foto reportagem, tornando-se pioneira na implantação do fotojornalismo no Brasil.
“Recuperar a história do fotojornalismo impõe necessariamente uma reflexão sobre a importância dos arquivos gerados por essa atividade, sobre as possibilidades que oferecem para melhor compreendermos a complexidade histórica de sua prática e sobre as possíveis re-significações de suas imagens. Mais do que rever a história de uma revista, a publicação do IMS propõe uma abordagem crítica das origens do fotojornalismo por meio de um dos mais influentes veículos de comunicação de massa que o país já conheceu, e que retratou, como nenhum outro, as peculiaridades e as contradições do Brasil moderno”, explicam Helouise Costa e Sergio Burgi no texto de apresentação do catálogo.
Assim como na exposição, o livro tem como fio condutor a fotografia, a partir da relação entre as imagens produzidas pelos fotógrafos e as foto reportagens tal como foram publicadas. São fotos de Jean Manzon, José Medeiros, Peter Scheier, Henri Ballot, Pierre Verger, Marcel Gautherot, Luciano Carneiro, Salomão Scliar, Indalécio Wanderley, Ed Keffel, Roberto Maia, Mário de Moraes, Eugênio Silva, Carlos Moskovics, Flávio Damm e Luiz Carlos Barreto.
No livro, as imagens estão organizadas em torno da grande reportagem – dividida em seis eixos temáticos: olhares itinerantes, o povo brasileiro, flagrantes da vida urbana, a política entre o público e o privado, a imprensa e as artes, a temática indígena – e das questões editoriais que caracterizam a revista. Ao mesmo tempo, a publicação busca ampliar a contribuição da exposição ao reunir textos sob diferentes aspectos de O Cruzeiro e sua inserção no sistema midiático globalizado das revistas ilustradas de grande circulação. Há ensaios produzidos pelos curadores da exposição, Helouise Costa e Sergio Burgi, pelo antropólogo Fernando de Tacca e pelo pesquisador Fernando Morgado, além de depoimento escrito por Flávio Damm. A publicação disponibiliza ainda um caderno com reproduções em fac-símile de fotorreportagens das décadas de 1940 e 1950, de autoria de Jean Manzon e Luciano Carneiro respectivamente, a fim de oferecer ao leitor uma experiência visual e táctil próxima da manipulação dos exemplares originais.
LANÇAMENTO DO LIVRO
As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960)
Bate-papo entre Fernando de Tacca, Flávio Damm, Fernando Morgado, Sergio Burgi, Helouise Costa.
6 de fevereiro de 2013, quarta-feira, às 19h
Local: IMS-SP
SERVIÇO DA EXPOSIÇÃO
As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960)
Exposição: de 23 de novembro de 2012 a 31 de março de 2013
De terça a sexta, das 13h às 19h
Sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h
Entrada franca
Classificação livre