Um livro sobre um livro perdido ao longo de séculos. Essa é a narrativa de Samarcanda, do libanês Amin Maalouf, que a Tabla publica agora no Brasil. O romance gira em torno da história do manuscrito do Rubaiyat, de Omar Khayyam, desde a sua composição pelo poeta e sábio persa do século 11 à sua perda no naufrágio do Titanic, em 1912.
Jornalista e escritor, Amin Maalouf recebeu alguns dos principais prêmios literários da Europa, como o Goncourt e Príncipe das Astúrias. Seus romances históricos, em geral, são ambientados no Oriente Médio, na África e no Mediterrâneo.
Em Samarcanda, Maalouf narra a saga do poeta e sábio persa Omar Khayyam, que acusado de zombar dos códigos invioláveis do Islã, é conduzido à presença do juiz local. Reconhecendo a sua genialidade como poeta e a sua estatura como pensador, este homem poupa a vida de Khayyam e lhe entrega um caderno em branco para que se limite a escrever nele seus versos.
Assim nasceu o Rubaiyat. Os caminhos da vida deste poeta se cruzam com os de Nizam Al-Mulk, vizir do sultão Malikchah, e com os de Hassan Sabbah, fundador da Ordem dos Assassinos, que mais tarde esconderá o precioso manuscrito na famosa fortaleza montanhosa de Alamut.
No final do século 19, o livro acendeu a imaginação do Ocidente na tradução de Edward Fitzgerald. No início do século 20, um acadêmico estadunidense ouve falar da sobrevivência do manuscrito e o recupera com a ajuda de uma princesa persa. Juntos, eles o levam na fatídica viagem do Titanic.