Um dos clássicos do regionalismo brasileiro, o romance Fogo morto volta às livrarias em nova edição — a de número 82 desde que foi lançado, em 1943. O livro, publicado pela Global, inclui textos de Gilberto Freyre e Mário de Andrade.
A obra é dividida em três partes, cada uma com um protagonista diferente: o mestre artesão José Amaro, o senhor de engenho Lula de Holanda e o capitão Vitorino Carneiro da Cunha. Os três possuem o orgulho como traço comum. Esses protagonistas, somados a um elenco de coadjuvantes, compõem um amplo espectro da sociedade brasileira na transição entre a escravatura e a abolição.
Fogo morto encerra o “ciclo da cana-de-açúcar”, série iniciada pelo escritor paraibano a partir do romance Menino de engenho, de 1932, e composta ainda por Doidinho, Banguê e Usina.
José Lins do Rego nasceu em 1901, na cidade de Pilar (PB). Publicou seu primeiro livro, Menino do engenho, em 1932, o que marcou seu nome entre os principais autores brasileiros da primeira metade do século 20. Além de romancista, Zé Lins, como era chamado, também foi contista, cronista, tradutor e jornalista.