A Academia Brasileira de Letras elegeu Ferreira Gullar como novo ocupante da cadeira 37, anteriormente ocupada pelo poeta e tradutor Ivan Junqueira, falecido recentemente.
Dos 37 votos possĂveis, Gullar recebeu 36.

JosĂ© de Ribamar Ferreira, ou somente Ferreira Gullar, nasceu no dia 10 de setembro de 1930, em SĂŁo LuĂs do MaranhĂŁo (MA).
Lançou-se no cenário literário em 1954, com o livro de poemas A luta corporal, originando na literatura brasileira o que mais tarde, em 1959, seria instituĂdo como “poesia concreta”. Seguindo essa linha, criou o livro-poema, o poema-espacial e, enfim, o que ficaria marcado como sua Ăşltima obra neoconcreta, o poema enterrado.Â
Dentre outros, em 1980 publicou Na vertigem do dia e Toda poesia, livro que reuniu toda sua obra poética até então. Com Muitas vozes, de 1999, faturou o Prêmio Jabuti e o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional. Voltaria a faturar o Jabuti em 2011, na condição de Livro do Ano, com Em alguma parte alguma (leia resenha).
Já como crĂtico de arte, lançou Etapas da arte contemporânea (1985) e Argumentação contra a morte da arte (1993).
Em 2002, foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura; em 2010, foi laureado com o Prêmio Camões.
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