Décimo segundo livro de Carlos Eduardo de Magalhães, Das coisas definitivas marca a estreia do autor paulistano na Record. O livro será lançado nesta quinta-feira (11), às 19h, na Livraria Cabeceira (Praça Alfredo Weiszflog, R. Tito, 38, Vila Romana, São Paulo).
A história parte da segunda metade do século XX, para falar de Julio Dansseto, personagem fictício mas que protagoniza fatos importantes da política brasileira que determinaram os rumos do país. O dia de sua morte está no centro dos acontecimentos do romance, que se ergue sobre a desconstrução de uma época e de uma família, de um modo de ser e ver o mundo.
Ligadas ao vulto de Dansseto, estão as trágicas histórias de Isa, sua esposa, e Nina, sua filha; de Takashi Makaoka, um especialista em sistemas que deseja mudar o mundo; de Natasha e Jéssica, jornalistas recém-formadas interessadas em escrever sobre Sidney, um rapaz que acordou um dia acreditando ser um artista famoso; de Ana Paula, prima da mãe de Sidney e esposa de Roberto Bamalaris, o militar que fez a proteção dos Dansseto nos anos finais da ditadura militar iniciada em 1964.
“Nós, os Bamalaris, somos pessoas confortáveis para os outros. Roberto ouviu da voz fraca da sua tia mais velha às vésperas da morte, num quarto simples de hospital, falando ao irmão, seu pai, segurando suas mãos, e aquela frase, e aquela expressão cansada no rosto enrugado do pai, que parecia concordar e entender, marcaram-no a ferro em brasa. Tivesse ouvido a frase antes, vinte, trinta, quarenta anos antes, talvez sua vida tivesse sido toda outra coisa.”
Além de Das coisas definitivas, Carlos Eduardo de Magalhães publicou os romances Super-homem, não-homem, Carol e os invisíveis (2015), semifinalista do Prêmio Oceanos, e Petrolina (2017) e Os jacarés (2001), selecionados como obras literárias pelo FNDE para o PNLD.
É também autor dos livros O primeiro inimigo (2005), Dora (2005), Pitanga (2008) e Trova (2013), entre outros. Tem trabalhos traduzidos para o inglês, espanhol e búlgaro.