🔓 Eventos celebram 90 anos de Augusto de Campos

Programação, organizada pelos museus Casa das Rosas e Casa Guilherme de Almeida, inclui palestras, cursos, shows, saraus e exibição de vídeos
Augusto de Campos, autor de “Viva vaia”
29/01/2021

Os museus Casa das Rosas e Casa Guilherme de Almeida, em São Paulo, celebram os 90 anos de Augusto de Campos com uma programação especial dedicada à obra do poeta. Online e gratuita, a série de eventos inclui palestras, cursos, concertos, shows, saraus e exibição de vídeos.

Nos dias 3 e 4 de fevereiro, o curso “A visualidade concreta de Augusto de Campos” pretende apresentar ao público, por meio da análise de alguns arquivos do poeta, a importância da visualidade não só para a sua poesia, como também para o seu processo criativo, atuando como peça-chave da origem de seus poemas.

No dia 6 de fevereiro, será disponibilizado um vídeo no canal YouTube da Casas das Rosas que  homenageia o compositor John Cage e Augusto de Campos. No mesmo dia será reprisada a entrevista que o poeta brasileiro concedeu, em 2016, ao programa “Viva voz — Conversas com poetas contemporâneos”. Outro destaque do dia é o sarau “Traduzir o intraduzível”, em que diversos poetas e tradutores se reúnem para ler e comentar poemas e traduções do homenageado.

A palestra “O non serviam de Augusto de Campos”ministrada pelo professor norte-americano Kenneth David Jackson, no dia 13, irá refletir sobre o universo poético da recusa e sobre a posição de independência estética presente na obra do poeta.

E no dia do aniversário de Augusto de Campos, 14 de fevereiro, Cid Campos apresenta o show “Pouco, mas muito”, com músicas compostas a partir de poemas e traduções do escritor.

Augusto de Campos nasceu no dia 14 de fevereiro de 1931, em São Paulo. Com seu irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, formou o grupo Noigandres, criador da poesia concreta no Brasil, movimento que ganhou dimensão internacional.

O poeta publicou numerosos e importantes livros de crítica e tradução. Sua obra poética está quase toda reunida nos livros Viva vaia (1979), Despoesia (1994), Não (2003) e Outro (2015). Entretanto, seu trabalho explora, também, outros formatos e suportes: poemas-objeto em Poemóbiles (1974) e Caixa preta (1975), e diversas obras em novas mídias como painéis eletrônicos, holografias e animações digitais.

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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