Composto por duas novelas e sete contos inéditos, o novo livro de Edney Silvestre, Pequenas vinganças, apresenta a história brasileira, no passado e no presente, além de revisitar Anna e Paulo, personagens de Vidas provisórias, seu romance de 2013.
As tramas abarcam as atrocidades racistas da Guerra do Paraguai, passando por um mergulho na frívola elite da ditadura Vargas e na indiferente alta-sociedade durante a ditadura militar. O autor também retrata a violência contemporânea que aflige inocentes e a pandemia que se abateu sobre o planeta em 2020.
Pequenas Vinganças é um caleidoscópio de retratos da sociedade brasileira, em suas diversas classes, cores, sotaques e idiossincrasias, ao longo dos últimos 150 anos. “O Brasil vem sendo destruído e reconstruído e novamente destruído, e novamente reconstruído, desde que os europeus chegaram aqui, com a única intenção de explorar nossas riquezas e os povos originais”, diz o escritor.
“Pequenas vinganças é sobre as incessantes maneiras como o nosso país vem sendo destruído ao longo dos séculos, desde a ‘descoberta’— assim mesmo, entre aspas, como o eurocentrismo nos impôs — e as igualmente incessantes maneiras como nós, os teimosos, os idealistas, os resilientes, tentamos — e algumas vezes conseguimos — erguê-lo das ruínas. Como fizemos, depois da ditadura militar”, completa Edney, autor de 11 livros, entre ficção e reportagens. Vencedor dos prêmios São Paulo de Literatura e Jabuti, ele teve suas obras publicadas na Inglaterra, França, Sérvia, Holanda, Itália e em Portugal.